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Sim! Eu sei! Entrar em uma loja de materiais de construção ou em um boutique de acabamentos e não sair de lá desnorteado(a) é uma missão quase impossível! Mas eu vou fazer um esforcinho para te ajudar a se perder menos e fazer opções mais assertivas e seguras no momento de comprar seu revestimento, vamos lá?

 

Do mais frágil ao mais resistente:

 

Tipos de cerâmica e revestimento

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Antes de tudo, é necessário entender que o que faz um revestimento ser “cerâmico” é que ele seja produzido com a argila como matéria prima, e por método de cozimento. Qualquer revestimento que cumpra esse processo pode ser chamado de cerâmico.
Entretanto, dependendo do tempo de cozimento, da qualidade do material e da tecnologia do processo ele pode aparecer com outros nomes que vão indicar algumas propriedades do material, aumento de resistência a risco, manchas e quebras.
Vamos juntos compreender quais nomes representam materiais de melhor ou pior qualidade:

 

A Cerâmica / Revestimento Cerâmico Simples

Esta opção é a mais frágil, menos tecnológica, normalmente apresenta uma qualidade inferior a todos os outros que veremos, e eu definitivamente não recomendo para PISO!
A Cerâmica comum é pouco resistente a manchas, é mais dura, menos elástica, o que gera maior facilidade para trincar, quebrar e apresentar problemas do gênero.
Ela é encontrada em todas as cores e estampas, normalmente é mais barata (não se esqueça que temos marcas e marcas, e cerâmicas até com ouro mesclado), pode ser fosca ou brilhosa e geralmente é encontrada em formatos menores: 10×10, 15×15, 20×20, 30×30 60×60 e variações retangulares.

 

 

Azulejo

Esse é o nome que todo mundo conhece e pouca gente sabe usar! Não! Azulejo não é igual “revestimento”, um nome genérico. Só chamamos de azulejo o revestimento cerâmico esmaltado (ou seja: brilhoso), quadrado, normalmente de 15×15 ou 20×20 e que tem uma pintura seja de mosaico moderno (Athos Bulcão), seja figurativa (Típico Português). Ele fino e frágil, assim como a cerâmica, e é super inadequado para pisos.

 

 

Ladrilho Hidráulico

Os fãs do estilo rústico tipo casa de fazenda costumam se derretem por um ladrilho hidráulico! O Ladrilho Hidráulico (tem que falar o sobrenome sim, porque se disser só “ladrilho” já é outra coisa!) é quadradinho, 20×20 quase sempre, apresenta desenhos de mosaicos em tons pastéis, tem pó de mármore em sua composição e já é uma opção principalmente utilizada para PISOS!
Ao contrário dos anteriores! Ele é um pouco mais resistente, não só pela composição, mas principalmente pelo cozimento mais longo de 24 horas, pela prensa que compacta ainda mais, e principalmente pelo que dá seu nome: a água.
O ladrilho antes de ser vendido passa por um processo de submersão em água de mais ou menos 8 horas! Como a água é uma das principais causadoras de manchas em revestimentos, esse já é bem mais resistente à ela por conta desses processos, mas ainda é considerado um revestimento frágil.

 

 

Ladrilho

O ladrilho é uma cerâmica de tamanho reduzido! Normalmente usamos esse nome para nos referir aos revestimentos retangulares tipo de metrô, ladrilho de metrô, tijolinho de metrô. Quando falamos “cerâmica” normalmente associamos a uma peça um pouco maior.

 

 

Porcelana

A Porcelana já apresenta uma qualidade bastante superior à cerâmica comum. Assim como o ladrilho hidráulico, ela também tem uma queima de 24 horas, por isso apresenta uma resistência muito superior e também baixa absorção, portanto, menos pranchas e, por isso, pode ser usado em pisos e até piscinas. Quase sempre este material é utilizado no formato de pastilhas.

 

 

Porcelanato

O porcelanato é o meu queridinho e de muita gente também. Acho que as cerâmicas possuem o seu valor como revestimento de PAREDE principalmente quando são decoradas – com desenhos e formatos diferentes – e em áreas que não são muito irrigadas para não manchar, como por exemplo fora do box e dentro de casa.
O porcelanato é um produto de qualidade muito superior, resiste a maiores formatos sem trincar, à água, manchas e riscos de forma geral, e também pode ser exposto ao sol, sendo utilizado em fachadas. Ele é muito versátil.

 

Além disso, também é o queridinho porque é a aposta principal de grandes marcas, leia-se bilhões e bilhões em pesquisas tanto de design quanto qualidade e tecnologia, e pouco a pouco está substituindo a pedra natural por ser uma opção muito mais sustentável, tendo em vista que não tem extração como a da pedra, e a matéria prima ainda é o barro.

Quanto aos formatos: há pastilhas com peças formatos desde 1cm x 1cm até placas que chamamos de “grandes formatos” que podem passar de 2m de comprimento.
Design: as opções são muitas! Há lisos com todas as cores que imaginar até texturizados que replicam o efeito da madeira e pedra também. Existem até modelos 3D que ficam lindos também.

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Local de uso do revestimento é o ponto de partida

 

Se você está fazendo uma leitura dinâmica deste artigo e quer saber o que é o mais importante, se acalme e foca nesta parte aqui, estamos falando de SEGURANÇA agora!
O revestimento cerâmico pode ser usado em qualquer ambiente, mas ele deve ter algumas preocupações muito importantes para que não estrague rapidamente ou ponha os usuários do espaço em perigo. Sim, é sério desse tanto!
Quando falamos de cerâmica, existem alguns parâmetros muito importantes. O primeiro é o PEI, que diz basicamente qual revestimento vai “aguentar” ser pisoteado em cada lugar. Como assim, Renata? Concorda que em um aeroporto possui um fluxo de pessoas mais alto que a sala da sua casa? Isto significa que o revestimento do aeroporto precisa de PEI 5, o mais resistente, e a sua casa do PEI 1.
Outro ponto importante é a Rugosidade! Revestimentos lisos e esmaltados são convites para acidentes quando colocados em calçadas, áreas externas, próximos à piscinas, área de serviço e principalmente box de banheiro! Atenção redobrada quando tiverem crianças ou idosos na jogada! Prefira revestimentos que tem coeficiente de atrito elevado!
Resistência a manchas: já disse acima, para piso prefira ladrilho hidráulico ou porcelanato. Não caia no barato que sai caro.

 

Qual formato de revestimento eu compro?

 

A tendência diz: o maior possível. “Nossa Renata, mas não fica ruim uma peça inteira no piso do box / lavabo / parede do não sei aonde / etc?” NÃO!
Quanto menos rejunte, mais elegante, mais sofisticado, e mais caro. A tendência de todas as marcas que tenho visto é de desenvolver peças cada vez maiores.
O que não fazer: em nome da elegância, salvo exceções, não escolha tamanhos inferiores a 60×60, prefira placas a partir de 90×90. Se puder, quanto maior, melhor.

 

Atenção ao lote

A cerâmica é feita a partir de uma massa de argila. Sendo assim, por mais industrial que seja, é impossível manter exatamente a mesma cor em todos os lotes.
Quando for comprar grandes quantidades para uma área contínua – um salão imenso, por exemplo – certifique-se de que está comprando todas as peças do mesmo lote para que não haja uma variação importante no tom base das peças.

 

Observe a variação de desenho e tonalidade do revestimento

As variações podem ser também intencionais e super positivas quando planejadas. Por exemplo, uma pedra natural nunca vai apresentar veios, amêndoas ou manchas exatamente iguais.
Então quando for comprar um porcelanato com design de pedra, atente-se para a quantidade de variações de veios de um mármore, por exemplo. Há linhas que todas as peças são exatamente iguais, o que as torna menos naturais.
Outro caso são as peças “vintage” que tem diferentes tonalidades de tom base para dar um charme.
O importante é estar ciente desse detalhe, para não comprar o produto e depois reclamar que não entendeu esse detalhe.

 

 

Retificado, abaulado e o drama do rejunte

Eu, Renata Cortopassi, em todos os casos prefiro peças retificadas. O que isso quer dizer? Quer dizer que quando você olha a peça de lado, a lateral dela foi cortada em 90 graus, retinha, e não abaulada.
Por que isso? Porque quando a peça é retificada ela te permite fazer uma junta seca (não são todas que podem, algumas peças pedem juntas grandes) que significa que você pode encostar uma peça na outra com uma quantidade mínima de rejunte, ou até sem rejunte.
A peça abaulada tem um relevo que em alguns casos pode ficar charmoso e principalmente quando você quer puxar o seu design para um estilo mais retrô. E ela precisa dessa junta um pouco maior. É o caso das pastilhas de porcelana.

 

 

Atenção ao assentamento, armazenagem e manutenção do revestimento!

Sabe aquele papo de “me poupe, se poupe, nos poupe”? Reformar sai caro! Não compre suas peças e deixe estragar, ou estragarem por você.
Como já deve ter percebido, a água é o mal da cerâmica, nada de armazenar em locais expostos à umidade. A Armazenagem correta é sobre pallet, com plástico sobre o pallet para evitar que ele umedeça, e com as placas cobertas também por lonas.
Atenção também com a argamassa e o rejunte. Cada revestimento pede um tipo específico, leia a orientação do fabricante para não estragar a sua peça.
Manutenção idem! Não é qualquer produto que pode ser usado para limpar esses revestimentos, e quanto mais frágil, mais atenção, leia as orientações do fabricante!

 

Acabamento: brilho ou fosco?

 

Depende! Claro! Temos local para tudo! O brilhante normalmente é mais associado a limpeza e elegância, o fosco é mais usado para ambientes clean ou industriais, mas os dois podem ser misturados em qualquer ambiente e estilo e dar um resultado surpreendente.
Aos amantes do brilho, peço um único cuidado: há peças de qualidade inferior que apresentam um acabamento muito heterogêneo, e o brilho fica muito ondulado, menos elegante. Prefira peças com um brilho mais regular.

 

Estampas/ Cores / Combinações de revestimento: escolha sem surtos

Aí é que o bicho pega né? Temos um mundo infinito de opções para todos os gostos, acho que já deu pra perceber que escolher não é tão fácil, e sinceramente, eu sempre vou recomendar que qualquer leigo (não arquiteto nem designer de interiores) contrate uma assessoria de compras neste momento, ou peça auxílio ao time de atendimento da Liven.
MAS: eu não vou terminar o post sem algumas dicas e deixar você na mão, óbvio!
Algumas combinações que são difíceis de errar:

 

01: Tons neutros + mármore + madeira

 

 

02: Base neutra + tons pasteis

 

 

03: Monocromático (inclusive é tendência)

 

 

 

04: Pedra Tom Neutro + Madeira + Cor Lisa

 

 

05: Pedra Colorida + Madeira + Cor Lisa no Tom base da Pedra

 

E aí, ajudei? Espero que sim! Se ainda não acompanha meus conteúdos pelo instagram clica aqui e corre no @studiorenatacortopassi para acompanhar o meu dia a dia e receber dicas quase que diárias de todo esse mundo delicioso da arquitetura e interiores!
Até lá!

Veja também as dicas de como escolher seu piso no vídeo abaixo:

Veja mais em nosso Blog.

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